Em 1985, Yale Tishman, jovem diretor de fomento de uma galeria de arte em Chicago, está prestes a dar uma tacada de mestre ao captar uma coleção extraordinária de obras dos anos 1920: Modigliani, Metzinger, Soutine, Pascin, Hébuterne, Foujita...
Ao mesmo tempo que a carreira começa a deslanchar, o massacre provocado pela epidemia de AIDS cresce à sua volta, aproximando-se impiedosamente daqueles que tanto ama e trazendo consigo o preconceito, o descaso e a indiferença de um governo propositalmente negligente.
Enquanto Yale se despede de Nico – um de seus melhores amigos –, o relacionamento com Charlie, companheiro e ativista dos direitos LGBT, começa a ser testado pelo efeito dominó provocado pelas mortes. Charlie e Yale sabem que o vírus está rondando perigosamente o casal.
Trinta anos mais tarde, Fiona, a melhor amiga de Yale e irmã de Nico, está em Paris tentando encontrar a filha que sumiu com o companheiro após entrar para uma seita. Hospedada com um velho amigo, fotógrafo renomado que documentou a epidemia em Chicago, ela encara as devastadoras maneiras como a AIDS afetou sua vida e sua relação com a filha, com a família e consigo mesma.
Essas duas histórias interligadas nos mergulham na profunda tristeza e no caos que assolou os anos 1980, enquanto Yale e Fiona lutam para encontrar esperança em meio à catástrofe.
Makkai nos transporta magistralmente para um mundo de amor e perda, de sonhos e decepções, e para o coração da comunidade gay sendo aniquilada não somente pelo vírus e pelo medo, mas também pela falta de remédios, de assistência médica, de vontade política, de políticas públicas e, principalmente, pela falta de compaixão e empatia.
Uma obra-prima da literatura moderna, Os que tanto acreditaram levanta questões como ativismo, redenção, tragédia, otimismo, hipocrisia, e de como nos conectamos com os horrores de uma doença mortal, com o legado do vírus, com a solidão de uma geração dizimada, e, essencialmente, com o poder da amizade e da gener
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